O
Facebook se envolveu em mais uma polêmica relacionada à privacidade de seus
usuários. Funcionários da rede social de Mark Zuckerberg reconheceram que o
site é capaz de rastrear os conteúdos visitados pelos membros da rede na web.
Segundo
declarações recentes, o Facebook é capaz de criar um log de execução das
páginas na web de cada um dos seus mais de 800 milhões de usuários, registrando
todo o histórico de navegação dos últimos 90 dias. Além disso, sobretudo,
registra as atividades daqueles que não são usuários do serviço, desde o
momento em que o internauta visita uma página da rede.
Para
rastrear o histórico de navegação de seus membros cadastrados, o Facebook
utiliza uma tecnologia de rastreamento de cookies semelhante ao sistema
utilizado por outras grandes empresas, como Google, Adobe, Microsoft e Yahoo. A
informação é do diretor de engenharia da rede, Arturo Bejar.
Nas
últimas semanas, o Facebook esteve envolvido em uma disputa judicial com a
Comissão Federal do Comércio dos Estados Unidos. Na ocasião, se defendeu das
acusações de violação de privacidade dos seus usuários.
Vale
destacar que para empresas com negócios online e sites de mídias sociais, os
dados coletados pelo Facebook são valiosos. São usados como fontes para medir o
potencial de anúncios para grupos específicos de internautas. Por outro lado,
fica a dúvida se essas informações podem ser usadas de forma maliciosa, ou até
mesmo se esses dados podem ser vendidos para terceiros.
Enquanto
a discussão sobre o rastreamento do histórico de navegação continua, novas
diretrizes sobre a privacidade online são discutidas no congresso
norte-americano e na World Wide Web Consortium, que estabelece padrões e regras
para Internet.
Dependendo
das mudanças aplicadas, em breve, os internautas poderão limitar o acesso das
empresas sobre suas atividades online, que há mais de 10 anos utilizam o
rastreamento para ajudar os anunciantes a serem mais relevantes junto ao seu
público.
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