No
dia 27 de janeiro de 2011, todo o Egito foi desconectado da Internet, com a
notável exceção de alguns órgãos governamentais. A Líbia seguiu a mesma
estratégia alguns meses depois, e desligou-se da rede no dia 18 de fevereiro,
quando os protestos começaram a ganhar força por lá.
Mas…
o que aconteceria se os governos de países ocidentais decidissem
"desligar" a internet em suas nações? Eles teriam esse poder? No caso
dos Estados Unidos, um acordo está sendo estabelecido para que o Presidente
Obama tenha o poder de controlar a rede caso ataques de grandes proporções
comecem a acontecer no país. Na teoria, esse controle do Obama poderia
desconectar os Estados Unidos da rede por até 120 dias, isolando-o até que a
rede ficasse fora de perigo. A criação dessa "arma digital" está
sendo discutida. Só nos resta esperar para saber se ela será utilizada para o
bem ou para o mal...
No
Brasil, nada disso vem sendo pensado pelo governo. Os provedores nacionais de
internet têm total autonomia, e "silenciar" a internet brasileira sem
uma forte razão seria um trabalho bastante difícil. São milhares de provedores
em todo o país, além de cabos submarinos de alta velocidade que nos conectam
com o resto do mundo. Por definição, a internet é uma mistura de redes - e cada
uma dessas conexões funciona como uma porta aberta para o mundo exterior.
Quanto mais portas, mais difícil é o trabalho de fechá-las.
No
entanto, uma ação judicial pode facilitar esse trabalho. Com a decisão de um
juiz, todas as empresas que operam links internacionais se tornam obrigadas a
inserir um filtro que controla a requisição de determinado conteúdo. Um dos
casos mais conhecidos por aqui foi o da atriz, modelo e apresentadora Daniela
Cicarelli. Em 2007, ela entrou com uma ação que pretendia impedir a exibição de
um vídeo com cenas íntimas dela e de seu namorado em uma praia na Espanha. De
todos os provedores brasileiros, apenas a Telefonica bloqueou o acesso ao
conteúdo - mesmo assim, por poucos dias. Algum tempo depois, a atriz perdeu a
ação e a Justiça decidiu que não havia razão para impedir que aquele conteúdo
fosse visualizado por brasileiros.
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